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Nascida em São Paulo, em 20 de janeiro de 1931, cursou Direito, Filosofia e Dramaturgia. Escreveu e produziu trabalhos para teatro e televisão, entre os quais Vila Sésamo, Malu Mulher e Joana. Publicou livros de poesia, prosa, teatro e ensaios. Foi professora da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e da Escola de Arte Dramática (EAD) da Universidade de São Paulo, além de ministrar cursos de dramaturgia no Brasil e no exterior. Desde 1988 faz parte do corpo docente da Escuela Internacional de Cine y Television de San Antonio de los Baños, em Cuba. Coordenou e participou da Anthologie de la poésie brésilienne, publicada em Paris, em 1998, e que reuniu quatro séculos de literatura brasileira. No mesmo ano, integrou o júri do Prêmio "Casa de las Américas", em Cuba. Vive em São Paulo e às vezes em Atibaia.

segunda-feira, 5 de março de 2012

novos poetas em mim...


   
NOVOS POETAS EM MIM...

A mim não me importa se disserem que Fernando Pessoa já fez isso há tempos, e muito melhor...É claro e ele tinha mais é obrigação de fazê-lo, visto que é POETA E MEIO, quando a gente já faz uma força enorme para chegar a ser poeta... Mas o assunto é o seguinte: tem um cara que está invadindo a minha imaginação: ele se identifica como o sambista Benedito Ernesto. É um tipo mais para o simples, impulsivo, intuitivo e conservador-popular, quase um preconceituoso. Me mandou uns poeminhas (ele só escreve coisa pequena) e um deles eu até publiquei, dando a ele uma colher de chá... Lá vai:

" A vida era bem mais simples
    quando eu morava no morro:
    homem era homem
    mulher era mulher
    cachorro era cachorro."

                                                     Outro :

                                                                "O bispo pede a paga
                                                                e diz que Deus resolve...
                                                                Prá mim, Deus não entrou nessa jogada.
                                                                Meu Deus não tem revólver."
Ou :

"Eles invadem a mata.
  A miséria invade eles
  e mata. "

                                                       Por fim :

                                                        " O banho da saíra
                                                        me lava a alma.
                                                        Vem o bem-te-vi, reclama
                                                        seu espaço de macho.
                                                       Quieto, eu saio de baixo... "

                          Benedito Ernesto é um folgado. E eu também, que viajo dia 14 para os mundos, e só volto daqui a dois meses. Até lá, divirtam-se e comportem-se ! Beijos, Renata
                                                        
             

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